sábado, 31 de março de 2012

Modelos atômicos: Demócrito.

Desde a antiguidade, à medida que mais e mais substâncias e suas respectivas propriedades se tornam conhecidas, a humanidade coleta informações a respeito da matéria e se pergunta o motivo de tamanha diversidade observada na natureza. Chama a atenção de uns curiosos fatos como:

¬ o mercúrio...


... ser o único metal líquido à temperatura ambiente;

¬ a água...


... ser mais densa em seu estado líquido que em seu estado sólido e conhecida por ser um solvente universal...


... assim como atuar como isolante térmico no estado sólido;

¬ o sal de cozinha...


... ser solúvel em água, quebradiço em seu estado sólido, ambas as características diferentes das propriedades de metais como o ferro ou o bronze...


... mas capazes de conduzir eletricidade quando líquidos ou dissolvidos em água, como os metais fazem.

¬ o gás carbônico (dióxido de carbono) ...


... ser incolor como muitos outros gases, não o vemos em outros estados físicos na natureza. Diferente do gás oxigênio, não dá suporte à vida. É pelo excesso dele em nosso sangue que inspiramos mesmo contra nossa vontade.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Nomenclatura de hidrocarbonetos normais, parte IV.

Os hidrocarbonetos aromáticos são aqueles que, a grosso modo, apresentam estrutura semelhante à do benzeno. Uma cadeia fechada com ligações duplas entre átomos de carbono intercaladas com ligações, também entre átomos de carbono. Mas nem todos os que se encaixam nesta descrição são aromáticos. Para melhor aprofundar, veja a parte I desta sequência (link).


É comum aos aromáticos apresentarem uma baixa proporção de hidrogênios em relação ao número de carbonos e cada um dos carbonos formarem duas ligações simples e uma dupla, também chamada de hibridização sp². A alternância entre duplas e simples ligações dentro ciclo leva a características de aromático. Sendo assim, todo composto que apresenta um ou mais núcleos como o da figura acima é classificado como tal.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Movimentos Especiais...

Entre as lições que capacitam uma pessoa praticar o xadrez e executar os lances corretamente, esta é a penúltima e aborda um movimento especial: o Roque.

Trata-se de uma situação única para as peças envolvidas e uma mesma peça não o executa duas vezes. Vamos a ele:

¬ O Roque

Movimento de caráter defensivo que visa a proteção do rei atrás de uma linha de peões em uma das alas, do rei (colunas E, F, G, e H) ou da dama (colunas A, B, C e D). Nele, duas peças são movidas, o rei e uma torre.

As condições necessárias à sua execução são:

a) primeiro movimento de ambas as peças envolvidas;
b) não haverem peças aliadas ou adversárias entre o rei e a torre;
c) o rei não estar de xeque, não passar por uma casa na qual estaria de xeque e nem entrar em xeque na sua casa de destino.

Esclarecida esta parte, vejamos como é o movimento em si:


A caminho da história.

Na derrota rubro-negra de ontem para o Olímpia do Paraguai o lateral direito Léo Moura deu mais um passo para entrar na história do mais querido do Brasil. Ele participou de sua tricentésima octogésima primeira (381º) vestindo o manto sagrado. Agora ele é o vigésimo terceiro (23º) entre os gigantes da longevidade vermelha e preta, empatado porém, com Jarbas. E aproveito o espaço para homenagear este ex-jogador que será ultrapassado no final de semana.

Jarbas é o sexto maior artilheiro de todos os tempos entre aqueles que tiveram a honra de jogar pelo Flamengo e participou do primeiro tricampeonato carioca, ocorrido nos anos de 1942/1943/1944.

segunda-feira, 26 de março de 2012

O número 37.

Que o número 37 não passa de mais um dos amplamente conhecidos e sem graças dos números primos não é novidade. Mas para o clube rubro-negro mais carismático entre os homo sapiens eu acabo de descobrir uma coincidência.


Esta é a quantidade de atletas do futebol masculino profissional que vestiram o manto sagrado em mais de 300 partidas oficiais. Dados segundo o Flapédia e o Flaestatísticas.

sábado, 24 de março de 2012

Gosto...

Anos sem fazer um soneto, então lá vai...

Gosto

Gosto do amargo
Gosto do azedo
Gosto da coragem
Gosto do medo

Gosto do morango
Gosto do chocolate
Gosto da mentira
Gosto da verdade

Gosto de aprender
Gosto de consoante
Gosto de Freud

Gosto de fazer
Gosto do montante
Gosto de Floyd

quinta-feira, 22 de março de 2012

Poliedros de Arquimedes I: Truncados

No "artigo" sobre os poliedros de Platão eu apresentei alternativas para a construção de estruturas tridimensionais e, portanto, complexas de se imaginar ou até mesmo observar suas respectivas representações no plano.

A conclusão do material se dá com uma proposta um tanto ousada. Atravessar, com planos imaginários, as arestas em um ponto distante do vértice exatamente um terço do comprimento da aresta. 

Eu sei, parece confuso, por isso uma imagem ajudaria e bem.

Vejam o icosaedro a seguir:


Agora observem o mesmo com os "cortes" propostos:

terça-feira, 20 de março de 2012

Rei em xeque e xeque mate.

Uma vez que se sabe como posicionar o tabuleiro, colocar as peças na posições corretas e que sempre as brancas começam, partilho da opinião do Grande Metre Capablanca de que devemos aprender como terminar uma partida.

Sendo assim, apresentarei melhor as peculiaridades envolvendo o rei e seus movimentos. Como mencionado no post anterior, o rei move-se apenas para a casa vizinha e é a peça mais importante, entre outros motivos, por não ser passível de captura. Mas é a única cuja fuga do xeque é obrigatória e que sofre o xeque mate.

Então, nada melhor que, nesta etapa, esclarecermos estes dois conceitos.

Antes de explicá-lo, dois esclarecimentos:

a) A captura de uma peça A por uma peça B no xadrez não é obrigatória, salvo algumas exceções.

b) Quando uma peça A se encontra em uma casa de modo que esteja no caminho do movimento de uma peça B, dizemos que se encontra sob possibilidade de captura por parte da peça B.


Observe:

 O cavalo preto localizado em C2 pode, caso o jogador que controla as peças pretas queira, capturar o bispo branco em B4.

O bispo branco em C6 pode, caso o jogador que controla as peças brancas queira, capturar o cavalo em E8.

Lembre, peças como peão, bispo, torre, dama e rei capturam outras em sua linha de ação. O cavalo captura apenas em sua casa de destino.

¬ Xeque


Ocorre quando uma peça qualquer, exceto o rei, se posiciona de modo a ter o rei em sua linha de ação. Como é o caso da torre no exemplo abaixo.



segunda-feira, 19 de março de 2012

Métodos de separação de misturas, parte II.

No que diz respeito a processos físicos de separação de misturas, quatro deles são os mais mencionados e lembrados em exercícios de vestibular: filtração, decantação, centrifugação e destilações simples e fracionada. A abordagem sobre tais métodos se encontra na parte I (link).

A porção restante dos métodos será apresentada de acordo com a classificação da mistura quanto à quantidade de fases e seus respectivos estado físico.

Misturas Heterogêneas:

Catação: uso das mãos diretamente ou de ferramentas (como pinças) para separar objetos visíveis a olho nu.

Coleta de materiais na natureza, de lixo urbano ou preparo de alimentos para posterior cozimento. Por exemplo: arroz e impurezas, feijão e impurezas, joio e trigo, café e impurezas, material destinado a reciclagem. A catação é um tipo de separação manual de sistemas do tipo "sólido-sólido". As substâncias são separadas manualmente e pode utilizar uma pinça, colher, ou outro objeto auxiliador para a separação. É utilizada na separação de grãos bons de feijão dos carunchos e pedrinhas. Também é utilizada na separação dos diferentes tipos de materiais que compõem os resíduos sólidos recicláveis como vidro, metais, papel, plásticos e entre outros. Trabalho desempenhado por catadores de materiais recicláveis que buscam dar uma destinação ambientalmente adequada para estes materiais.



Grãos de arroz, feijão, joio trigo e café.


Separação entre pedras preciosas e não preciosas.

domingo, 18 de março de 2012

XVII Encontro de RPG

Neste sábado e domingo, dias 17 e 18 de março, respectivamente, a biblioteca central da UFV recebeu o XVII Encontro de RPG de Viçosa.


E mais uma vez, desde 2007, estava eu lá com o xadrez e os poliedros de canudos. Estes, pelo segundo ano seguido e com direito a uma oficina para a galera interessada aprender a montá-los.

Seguem abaixo uma imagem dos poliedros na bancada que separava as oficina de poliedros e de xadrez e o setor de Magic The Gathering do restante do encontro.


De um modo geral o encontro foi agradável, com curiosos querendo conhecer melhor o jogo e alguns pais interessados nas atividades de seus filhos, o que é bom.

As oficinas não "bombaram", mas tiveram lá sua dúzia e meia de interessados.


Na foto acima eu e o Guilherme, um de meus alunos, exibindo alguns dos monstrinhos montados na oficina.


Muitas partidas de xadrez... isso é "bão".

Nesta semana farei um tópico sobre os poliedros montados na oficina...

sexta-feira, 16 de março de 2012

O Imponderável...

Ontem, 15 de março de 2012, o imponderável, o espanto, o Sobrenatural de Almeida ou os três juntos passearam pelo engenhão. Fiquei chateado por eles aparecerem contra, mas quando aparecem a favor ficamos satisfeitos ou, no mínimo, orgulhosos dos 11 que vestem o manto sagrado.

Exemplo disso é a ficha da partida abaixo:

C.R. Flamengo 3 x 4 Santos (SP)
Torneio Rio-São Paulo
27/07 - Estadio: Vila Belmiro - Santos - SP
Time: Gilmar, Charles Guerreiro (Fabio Baiano), Júnior Baiano, Rogério, Piá, Fabinho, Marquinhos, Júlio Cesar (Paulo Nunes), Luís Antonio, Renato e Nélio.
Gols: Renato (2) e Paulo Nunes. 
Público: 10.160

Infelizmente não há lances do jogo disponíveis na grande rede, procurei e muito e nada achei.

Entre as partidas postadas até aqui, esta é a terceira, a segunda derrota. Poucas vezes senti tanto orgulho de ser flamenguista como nessa partida.

Ao Flamengo bastava um empate e estaríamos na final do Torneio RJ-SP de 1993, mas uma série de vacilos da equipe durante o jogo e uma competência santista deram uma sonora goleada alvinegra até os 42 do segundo tempo.

Aí os "deuses" do futebol resolveram que, enquanto aquele jogo durasse, seria inesquecível, pelo menos para mim. A partida foi encerrada aos 47 do segundo tempo. Em cinco minutos, Renato Gaúcho e Paulo Nunes marcaram três gols.


É verdade que não impediram a derrota, mas não importa, mostraram em cinco minutos do que eram capazes o imponderável, o espanto e o Sobrenatural de Almeida juntos.

Uma derrota sim, mas uma derrota com esforço, entrega e garra, elementos que já foram típicos de todo jogador rubro-negro.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Xadrez: o movimento de cada peça.

Na sequência das lições iniciais, onde aprendemos como preparar o tabuleiro e as peças para jogar, aprenderemos como movimentar cada peça.

Antes de qualquer coisa, considero extremamente necessário lembrar que, ao contrário de jogos como o "jogo de damas", a captura ocorre com a peça capturada dando lugar à peça que a captura.

Outro evento comum em jogos é o de peças saltarem umas as outras em seus movimentos. Com exceção do cavalo, nenhuma peça faz isso.

Comecemos então pelo peão e seguimos em ordem crescente de importância:

¬ Peão


O peão é capaz de movimentar-se apenas para frente e mover-se apenas uma casa, exceção feita para seu primeiro movimento, no qual move-se por duas ou uma casa. Com isso, ao mover cada peão pela primeira vez, o jogador escolherá se "andará" uma ou duas casas. A partir disso, apenas uma casa por movimento é permitida.

A captura do peão também é limitada, podendo ocorrer apenas nas casas diagonais à sua frente. Jamais um peão retrocede, seja por movimento simples ou captura.


As bolas vermelhas representam a possibilidade de movimento e o "X" a de captura.

Quando o peão chega ao extremo oposto do tabuleiro é promovido a qualquer peça que não seja o rei ou ele mesmo. A promoção é efetuada com a retirada do peão e uma peça à escolha do jogador que o controla é colocada na mesma casa.

¬ Cavalo


O cavalo tem o movimento aparentemente mais complicado do ponto de vista do iniciante, por não obedecer linhas retas, como as outras peças.

Para todos os efeitos, dizemos que ele se movimenta em "L", mas com o cuidado de lembrar que ele é o único capaz de saltar outras peças em movimentos regulares.

Sua captura ocorre apenas na casa de destino, de modo que ele ocupe a casa da peça capturada.


O "salto" do cavalo é parte de seu movimento, não interferindo nas peças "saltadas" por ele.

¬ Bispo


O bispo se movimenta apenas por diagonais, sem saltar peças aliadas ou adversárias, não trocando a cor da casa pela qual se movimenta. Por isso, cada bispo começa e termina sua participação no jogo em casa de uma mesma cor, sem, portanto, trocá-la.



¬ Torre


A torre se movimenta por linhas ou colunas, sem saltar peças aliadas ou adversárias. Por essa característica são combinadas em algumas situações de modo a se alinharem para combinar ataques mais fortes.


¬ Dama


A dama, também chamada de rainha, se movimenta tanto como bisco quanto torre, fica a critério do jogador, sem a necessidade de avisar o adversário.


¬ Rei


O rei é a peça mais importante do jogo e a única não capturável. Seu movimento é muito restrito em termos de amplitude, pois se move apenas para casas vizinha, porém em qualquer direção.


Com isso verificamos, todos os movimentos das seis diferentes peças do xadrez. O iniciante deve se familiarizar com eles antes de aprender o xeque-mate, que será visto no próximo tópico.


Métodos de separação de misturas, parte I.

Desde quando o ser humano fez suas primeiras ferramentas, também desenvolveu métodos rudimentares de seleção para "fabricá-las". A capacidade de produzir o próprio fogo contribuiu no processo. A seleção de qual pedra lascar para criar a superfície cortante ou qual madeira para iniciar o atrito que origina o fogo são um processo de separação chamado hoje de catação. 

À medida que o ser humano evoluiu a tecnologia à sua disposição, ocorreu uma melhoria nos métodos de separação. Muitos deles praticados até hoje, mas com objetivos diferentes, como veremos a seguir. Ao invés de apresentar um monte de métodos e figurinhas exemplificando-os, começarei por um diagrama a partir do qual determinaremos qual método utilizar, explicando-o então. Observe:


É evidente que não são apenas quatro, mas são os mais frequentes em atividade desta área, falemos do mecanismo para escolhê-los. Uma vez que já sabemos como distinguir uma mistura homogênea de uma heterogênea, resta-nos determinar os estados físicos dos componentes.

Filtração

Todo sistema heterogêneo formado por substâncias que são uma sólida e a outra líquida quando separadas, veremos que é separável por filtração.

Filtração. Imagem retirada de "trabalhos para escola" (link).

quarta-feira, 14 de março de 2012

Lições Iniciais de Xadrez

O xadrez é um esporte/jogo/arte/ciência praticado, na sua forma mais comum, por duas pessoas.

Cada um dos oponentes utiliza um conjunto de peças de cor (normalmente preto e branco) distinta de seu adversário realizando movimentos alternados com elas, começando sempre o que controla as brancas.

Isso significa que cada jogador efetua um lance após o rival, independente de ser bom, ruim ou da quantidade de lances disponíveis, exceto quando esta quantidade é nula, aí o jogo termina empatado.

As peças de xadrez, pela quantidades, formas e nomes, representam, em conjunto, uma guerra medieval em miniatura. A batalha é travada sobre as 64 casas de um tabuleiro de 8x8, como o da figura abaixo.


É fundamental que o jogador observe a necessidade de posicionar a casa branca do canto sempre à sua respectiva direita. Semelhante à Tabela Periódica do Elementos, denominamos as sequências horizontais e verticais de linhas (números) e colunas (letras).

As peças se posicionam sobre ele da seguinte forma:


São ao todo 16 peças para cada lado:

¬ 8 peões, a infantaria, distribuem-se sobre as linhas 2 (brancas) e 7 (pretas);
¬ 2 torres, o maquinário, as das brancas encontram-se nas casas A1 e H1, as das pretas nas casas A8 e H8;
¬ 2 cavalos, a cavalaria, os das brancas encontram-se nas casas B1 e G1, as das pretas nas casas B8 e G8;
¬ 2 bispos, o clero, as das brancas encontram-se nas casas C1 e F1, as das pretas nas casas C8 e F8;
¬ Uma dama (ou rainha), a nobreza, nas casas D1 (brancas) e D8 (pretas);
¬ Um rei, o monarca, nas casas E1 (brancas) e E8 (pretas).

Note que, das extremidades para o centro, temos torres, cavalos, bispos e o casal.

Muita informação de uma vez pode confundir.


Faz o principiante pensar em mais peças que a realidade demonstra. Mas, para completar, só quero chamar a atenção para o seguinte fato a respeito a posição inicial: rei preto na casa branca e rei branco na casa preta, damas nas casas de mesma cor.

No próximo texto, os movimentos das peças, enquanto isso, uma arte feita com goma de mandioca.








Outras postagens:

terça-feira, 13 de março de 2012

Nomenclatura de hidrocarbonetos normais, parte III.

Após aprendermos a nomenclatura de alguns hidrocarbonetos, os alcanos (saturados), os alcenos e alcinos (insaturados, link), veremos em sequência a nomenclatura de parte dos HC's de cadeia cíclica e dos poli-insaturados.

Cicloalcanos ou Ciclanos

Os HC's de cadeia cíclica (ou fechada), chamados de ciclanos ou cicloalcanos se tiverem a cadeia saturada, apresentam uma nomenclatura absurdamente boba, desde que se conheça a nomenclatura dos alcanos semelhantes a eles.


Como já sabemos, de 3 até 8, os nomes dos alcanos são, propano, butano, pentano, hexano, heptano e octano.


Os equivalentes dos alcanos com cadeia cíclica recebem o termo "ciclo" antes da parte que determina a quantidade de carbonos na cadeia. Dessa forma, de 3 até 8, temos ciclopropano, ciclobutano, ciclopentano, cicloexano (ou ciclo-hexano), cicloeptano (ou ciclo-heptano) e ciclooctano. Resumindo para seis carbonos:

ciclo + hex + an + o = cicloexano
cadeia fechada + 6C + saturada + HC

O cilcoexano é um solvente orgânico e pode ser encontrado facilmente para se comprar.


Note a dificuldade em se representar todas as ligações de uma estrutura com oito átomos de carbono. Imagine se a cadeia tiver dezenas de átomos, por isso a representação por fórmula estrutural condensada e de linha são necessárias.

Cicloalquenos, Clicloalcenos ou Ciclenos

São chamadas de ciclenos as cadeias fechadas e insaturadas com uma ligação dupla entre átomos de carbono. São muito semelhantes aos alcanos, exceto pelo sufixo. Quando possuem apenas uma insaturação e não possuem ramos, não se faz necessário o uso de número para indicar a posição da ligação dupla. Pois a cadeia fechada não possui extremidade.


O nomes deles são cilcopropeno, cilcobuteno, cilcopenteno (exemplo abaixo), cicloexeno, cicloepteno e ciclooctano. Obedendo a ordem da esquerda para a direita a partir do canto superior esquerdo na imagem acima.

ciclo + pent + en + o = ciclopenteno
cadeia fechada + 5C + insaturada com dupla + HC

Uma observação muito importante. O fato de representar a fórmula estrutural de um composto não o torna necessariamente viável. Exemplo, no ciclopropeno exige ângulos de ligações semelhantes a 60° por se tratar de um triângulo equilátero. Os átomos de carbono em seu interior precisam de ângulos próximos a 120° quando faz a dupla e 109,5° quando faz apenas ligações simples. Isto provoca uma aproximação exagerada entre os elétrons compartilhados nas ligações químicas. Esta aproximação gera repulsão de natureza elétrica e a estrutura se desfaz. Também se observa isto no ciclopropano e nos ciclinos a seguir.

Cicloalquinos, Clicloalcinos ou Ciclinos

São chamadas de ciclinos as cadeias fechadas e insaturadas com uma ligação tripla entre átomos de carbono. Novamente, em termos de nomenclatura são muito semelhantes a ciclanos e ciclanos, pois são cadeias fechadas, logo não possuem extremidade no caso de não possuírem ramos.


Seguindo a mesma ordem dos anteriores, temos ciclopropino, ciclobutino, ciclopentino (exemplo abaixo), cicloexino, cicloeptino e ciclooctino.

ciclo + pent + in + o = ciclopentino
cadeia fechada + 5C + insaturada com tripla + HC

Insisto na inviabilidade dessas estruturas pela repulsão entre os elétrons por excessiva aproximação. Então como seria uma estrutura viável? Você já viu uma nas subcategorias de hidrocarbonetos, mas caso não se recorde, tem ela aqui:


Este é o ciclooctino mais próximo de como sua estrutura realmente é, pois o átomo de carbono exige ângulo de 180° quando forma uma ligação tripla. Mas se não existem ou se são inviáveis as estruturas, qual o motivo de apresentá-las? Para se treinar a nomenclatura, apenas isto.

Alcadienos

Os alcadienos são constituídos de cadeias abertas e insaturadas com duas ligações duplas entre átomos de carbono.  A regra de nomenclatura delas consiste em determinar as posições das insaturações, como nos alcenos e alcinos, além de especificar no nome quantas insaturações existem do tipo, veja:


Os nomes desses alcadienos são:

1) propadieno
2) buta-1,2-dieno
3) buta-1,3-dieno
4) penta-1,2-dieno
5) penta-1,4-dieno
6) penta-1,3-dieno

Note que o átomo de carbono pode formar duas ligações duplas. Logo um propadieno é possível. E o nome é construído com o acréscimo de um termo de multiplicidade "di" indicando quantas ligações duplas existem. Este termos vem logo antes do indicativo "en" de que se trata de ligação dupla. Devido ao fato de, após os números, aparecer uma consoante, uma vogal "a" deve ser acrescentada entre o "prop" e o "dieno". Isto acontece sempre que se tem mais de uma ligação dupla ou tripla entre átomos de carbono. O objetivo é não "bater" consoante com consoante, apenas isso.

Com mais de três átomos de carbono na cadeia se faz necessária a indicação da posição de cada insaturação.

Também se deve observar que a ausência de números em nomes como o propadieno ocorre onde não há a possibilidade posicionarmos as insaturações em outros lugares, sendo únicos, portanto.

Os compostos 4, 5 e 6 são classificados dentro de categorias estranhas a princípio, mas que considero relevantes falar de uma vez. Em outras partes podem ficar mais deslocadas ainda. 4 é um hidrocarboneto alênico, pois as duplas ligações são consecutivas, ou seja, o mesmo carbono as faz. 5 é um hidrocarboneto isolado pois as ligações duplas se encontram distantes duas ou mais ligações simples entre si. 6 é um hidrocarboneto conjugado, pois as ligações duplas estão alternadas com as ligações simples.

Alcadiinos

São chamadas de alcadiinos as cadeias abertas e insaturadas com duas ligações triplas entre átomos de carbono.


Os nomes deles obedecem o mesmo padrão dos alcadienos. Como nenhum carbono pode fazer duas ligações triplas, o menor alcadiino terá quatro átomos de carbono. Com isto, temos:

1) butadiino
2) penta-1,3-diino
3) penta-1,4-diino

Aqui não tem aquela conversa de isolado ou conjugado para as ligações  triplas.

Alceninos

A última categoria desta postagem envolve cadeias abertas e insaturadas simultaneamente com ligações duplas e ligações triplas entre átomos de carbono.


Os nomes deles obedecem simultaneamente as nomenclaturas de alcenos e alcinos. De forma semelhante ao nome da categoria, ligações duplas aparecem antes das triplas no nome ("en" antes de "in"). A preferência é para a insaturação mais próxima de uma extremidade e, no caso de empate, prioridade para a dupla. Dessa forma temos:

1) butenino
2) pent-1-en-3-ino
3) pent-3-en-1-ino
4) pent-1-en-4-ino

Note que, com ambas as insaturações na extremidade, só tem um nome possível, cabendo o menor número à dupla. Não existe, portanto, um pen-4-en-1-ino. Atenção a este detalhe.

Com isto você tem acesso à nomenclatura de qualquer cadeia normal não aromática. Encerraremos a nomenclatura de HC's nos próximos textos (link) com a nomenclaturas das cadeias aromáticas. Ficou alguma dúvida? Comenta aí... até a próxima.

Uma saudade...

Como a maioria das crianças brasileiras, adorava jogar futebol ... e assistir, sempre que possível. Mas no dia 12 de julho de 1992, a pelada na quadra da escola ao lado da casa dos meus avós maternos ficou sem metade de seus jogadores após eu gritar que era hora da final do campeonato brasileiro de futebol.

Era só o segundo que eu acompanhei de verdade, jogo a jogo, catando jornal pra ler notícia na ausência de um canal de esportes voltado para o futebol. Fique até preocupado quando li uma reportagem dizendo que o Flamengo não ganhava uma final do Botafogo desde algum momento perdido antes dos tempos de um tal de Garrincha vestir a camisa deles.

O sujeito só esqueceu de falar que, nesse período todo, o Flamengo só perdera em 1989 o carioca, quando o Botafogo saíra de uma fila de 21 anos sem títulos. Pronto, mais um motivo de agonia para o desinformado. Mas final de campeonato é agoniante, de qualquer forma.

O menos mal é que Júnior, Nélio e Gaúcho fizeram de um jogo que prometia ser eletrizante, uma vitória "fácil", ainda bem.

Ficha da partida:

Flamengo 3 x 0 Botafogo (RJ)
Campeonato Brasileiro - 1º Jogo da Final
12/07 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Gilmar, Fabinho, Gotardo, Júnior Baiano, Piá, Uidemar, Júnior, Zinho, Júlio Cesar, Gaúcho e Nélio((Paulo Nunes)(Marcelinho)).
Gols: Júnior, Nélio e Gaúcho.

Vídeo com melhores momentos da partida:


O mais engraçado de tudo é que a posterior conquista do penta me despertou curiosidade de buscar informações sobre o tetra.

Torneios Rio-São Paulo

Continuando a ideia de fazer as partidas entre paulistas e cariocas, válidas por campeonatos brasileiros de pontos corridos, contarem para o imaginário Rio-São Paulo por mim idealizado no ano passado, temos a tabela de 2003.


Basta compará-la à tabela do campeonato ocorrido e veremos alguns detalhes se tornarem claros.


Vamos a eles:

a) Em 2003 o torneio não contou com Palmeiras e Botafogo, ambos na segundona.

b) Dos nove envolvidos, o Santos é o melhor em ambas as classificações.

c) O velho e conhecido hábito rubro-negro de jogar de salto alto contra equipes de menor expressão.

Parabéns ao alvinegro praiano.