Fenômeno interessante que liga a matemática, a música e o xadrez é o fato de somente nesses três terrenos serem conhecidas crianças prodígios. O fato de crianças jamais terem produzido uma obra-prima da pintura, escultura ou literatura parece muito natural quando consideramos sua limitada experiência de vida.
Na música, no xadrez ou na matemática, aquela experiência não é necessária. Ali as crianças podem brilhar, porque os dotes nativos são o fator dominante. A sensibilidade estética e a capacidade de pensar logicamente são, sem dúvida, qualidades natas.
De outras forma, como poderia Mozart ter composto um minueto, escrevendo-o realmente antes de completar quatro anos de idade?
Como poderia Gauss, antes dos três anos de idade e antes de saber escrever, ter corrigido o total de uma comprida soma que via seu pai fazer?
Como poderia Sammy (ou Samuel) Reshevsky ter jogado dez partidas de xadrez simultaneamente com apenas seis anos de idade?
Texto de Mikhail Botwinnik
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