Reproduzirei aqui os postulados do modelo atômico de Bohr já apresentados anteriormente em outra postagem (link). Existem consequências matemáticas das afirmações presentes nos dois primeiros postulados que preferi deixar de fora na primeira oportunidade. Vamos a elas:
sábado, 30 de abril de 2022
Os cálculos de Bohr para seu modelo atômico.
quarta-feira, 27 de abril de 2022
Conceitos para entender o modelo atômico de Bohr, parte 2.
Note que as cores no espectro correspondem às cores
dos números na série. Balmer até determinou um termo geral para a série, desde
que não começasse de n = 1 ou n = 2 e que n seja um número natural. Pode
parecer estranho o fato de a série de Balmer começar para n = 3, mas algo
semelhante ocorreu com as demais séries, começando por naturais de dois a sete.
O experimento de Millikan.
Se você já se familiarizou com os modelos atômicos de Dalton (link) e Thomson (link) e se aprofundou (link) neste último, creio que é capaz de entender o que está por vir. Falarei de um sujeito inteirado das novidades a respeito da natureza microscópica da matéria no início do século XX, que sabia muito bem sobre o experimento de Thomson quando este determinou a razão entre a carga e a massa do elétron.
Robert Andrews Millikan |
Millikan soube que, se determinasse a carga de um elétron, também determinaria a massa dele. A questão é: como determinar a carga de um elétron? Ele teve uma ideia razoavelmente simples, se eletrizasse uma gota de água e a colocasse em uma região sob influência de um campo elétrico, a gota estaria sujeita a forças de natureza elétrica e gravitacional (peso). Não deveria ser difícil chegar a um resultado. Pois a força elétrica depende da carga e do campo elétrica, e o peso depende da massa e da gravidade.
terça-feira, 26 de abril de 2022
Momento angular.
Olá... começo mais um tópico intimamente relacionado com outro (link) apresentado antes dele. Creio que você já viu o nome desta postagem. E ele é justamente a resposta para a seguinte pergunta: o que têm em comum o sistema terra-lua, um spinner, um pião, um monociclo e uma patinadora rodopiando?
Você já deve saber que corpos dotados de massa e em movimento em relação a algum referencial possuem momento linear ou quantidade de movimento. A partir de agora o conceito de momento angular será acrescentado para corpos realizando algum movimento de rotação (link).
segunda-feira, 25 de abril de 2022
Momento linear ou quantidade de movimento.
Antes de falar sobre o tema desta postagem, eu te convido a observar a imagem abaixo com a capa do livro de física com o qual eu estudei no ensino médio entre 1995 e 1997.
Observei por meses sem saber qual era o objeto nesta capa, achava estranho e muito menos entedia a relação dele com a mecânica, área da física à qual este volume é dedicado. Você faz ideia do que se trata? Se tiver uma ideia, comenta aí. Se não, acompanhe a postagem até o fim e lá eu revelo do que se trata.
sexta-feira, 22 de abril de 2022
Produtos escalar e vetorial, parte 2.
Apresentei em postagens anteriores o conceito de vetor (link), suas características, a notação de vetor em três dimensões, as somas de vetores e os produtos de vetores (link), seja por módulo ou no aspecto gráfico. Esta terceira e última postagem do tema abordará os produtos e escalar e vetorial de acordo com a notação cartesiana.
quinta-feira, 21 de abril de 2022
Produtos escalar e vetorial, parte 1.
Existem outras operações entre vetores além da soma (link), duas dessas operações são chamadas de produto escalar e produto vetorial. Como seus próprios nomes sugerem, eles dão origem a um escalar e a um vetor, respectivamente. Identificá-los será de grande ajuda para você reconhecer quando estará diante de uma grandeza escalar ou vetorial, caso ela seja desconhecida no momento. Eu abordarei esses produtos de duas formas diferentes, uma envolvendo o módulo e outra envolvendo as componentes vetoriais.
Produto Escalar (E) por módulo.
É o produto que tem como resultado um escalar. Considere dois vetores a e b, o produto escalar deles dependerá de seus módulos e do cosseno do ângulo 𝛂 (alfa) entre eles:
E = |a||b|cos𝛂
Onde |a| e |b| são os módulos dos vetores a e b. Note que esta operação só funciona com vetores que possuem módulos constantes. Caso sejam variáveis seus módulos, o cálculo dependerá de outros fatores. No caso de o ângulo ser constante, a área do gráfico entre as duas grandezas vetoriais a e b nos dará o produto escalar entre elas. É o que acontece quando calculamos o trabalho realizado por uma força (F) quando esta causa o deslocamento (Δx) de um corpo sobre um plano horizontal.
O trabalho (W) da força (F) no caso da imagem acima depende do ângulo entre ela e o deslocamento (Δx) do corpo e do próprio deslocamento.
W = |F||Δx|cos𝛂
quarta-feira, 20 de abril de 2022
Vetores.
Sendo bem direto, vetores são entidades que possuem módulo, direção e sentido. Nós as usamos para representar grandezas, relações matemáticas ou operações entres essas grandezas desde que elas sejam grandezas vetoriais, ou seja, desde que tenham módulo, direção e sentido.
Uma grandeza que não é vetorial terá apenas módulo e será chamada de grandeza escalar. Massa, tempo, energia, carga elétrica, potencial elétrico, potencial gravitacional, temperatura e distância percorrida são exemplos de grandezas escalares.
Temperatura, tempo, massa e carga elétrica, exemplos de grandezas escalares. |
terça-feira, 19 de abril de 2022
Princípio da incerteza.
segunda-feira, 18 de abril de 2022
Modelos atômicos: Sommerfeld.
Dois anos após a excelente contribuição de Bohr para a compreensão humana da natureza microscópica da matéria veio uma nova ideia proposta por Sommerfeld. Você pode até se perguntar: mas o modelo de Bohr era tão bom, o que mais outro poderia acrescentar? Então, este é o ponto, diante de novas evidências, novas ideias não necessárias para explicá-las.
Arnold Sommerfeld |
E as evidências vieram da mesma fonte de onde Bohr "bebeu" para elaborar seu modelo. Das linhas espectrais obtidas ao estudar as diferentes substâncias. A evolução tecnológica costuma acompanhar a evolução do conhecimento científico, jamais vem antes dele. Por exemplo, é impensável a invenção da televisão antes de Faraday, Ampére, Maxwell e cia estabelecerem as leis do magnetismo.
O átomo de Bohr.
A interpretação (link) de Bohr para o átomo de hidrogênio e espécies hidrogenóides (cátions com apenas um elétron) foi muito bem sucedida ao relacionar as linhas espectrais (link) do átomo de hidrogênio produzidas por equipamentos anteriores ao ano de 1913.
Do modelo de Bohr surge o conceito de os átomos possuírem sete camadas ou níveis eletrônicos. Ele apenas se baseou nas linhas espectrais encontradas. Dessa forma, é honesto admitir um átomo com a seguinte "aparência":
O átomo segundo Bohr, imagem retirada de "TEC-SCEINCE.COM (link).
Conceitos para entender o modelo atômico de Bohr, parte 1.
O modelo atômico de Bohr explica como é a
eletrosfera do átomo. Esta explicação se dá em termos de como os elétrons
interagem com a luz. Antes de aprofundarmos no modelo de Bohr, faremos um
apanhado de certos eventos, conceitos e personagens que contribuíram de forma
direita ou indireta para o trabalho de Bohr. O processo será um pouco demorado,
mas eu acredito que vale a pena, então senta que lá vem a história.
CONTEXTO HISTÓRICO
Desde a antiguidade a humanidade se intriga e tenta
explicar a natureza da luz. Ptolomeu, um filósofo grego, foi o primeiro a
deixar algum registro sobre fenômenos envolvendo a luz. Seu trabalho recebeu o
nome de “Óptica” e abordou temas como a reflexão e refração da luz e buscou um
melhor entendimento sobre a origem das cores.
quarta-feira, 6 de abril de 2022
Leis de Kepler.
Kepler foi um alemão protestante que viveu na Europa em um período (1571 a 1630) de perrengues constantes entre católicos e protestantes. Isto o fez se mudar com a família em mais de uma oportunidade em busca de um lugar onde pudesse trabalhar em paz.
Johannes Kepler e um planeta batizado em sua homenagem. |
Kepler foi um excelente astrônomo e matemático, mas péssimo professor. Parecia não se importar com isto e se dedicou a solucionar certos enigmas da natureza, como ajustar uma hipotética relação entre as medidas dos poliedros platônicos e os raios das trajetórias dos planetas de nosso sistema solar. Como a figura abaixo mostra:
Mysterium Cosmographicum |
terça-feira, 5 de abril de 2022
Hibridização do átomo de carbono.
A pergunta mais comum que me é feita quando começo a falar de química orgânica é sobre o átomo de carbono: o que ele tem de especial a ponto de nenhum outro elemento possuir átomos com tamanha facilidade em constituir sua variedade de ligações químicas?
Não é algo muito simples ou rápido de responder, mas também não é demorado como o modelo atômico de Bohr, então lá vai.
O elemento carbono possui número atômico igual a seis. Isto significa que seus átomos apresentam seis prótons no núcleo e esta mesma quantidade de elétrons distribuídos na eletrosfera. Se aplicarmos a ele a distribuição de acordo com o diagrama de Linus Pauling veremos que seus elétrons se encontrarão em apenas duas camadas. Mas antes vejamos os diagrama:
Diagrama de Linus Pauling. |
Conceitos iniciais de química orgânica.
Quando falamos de química orgânica, nos referimos a uma área da química na qual o elemento carbono é a estrela da festa. Sendo oxigênio, nitrogênio, hidrogênio, enxofre, fósforo e os halogênios seus coadjuvantes, mas não necessariamente nesta ordem.
Imagem retirada de "Revista Crescer" (link). |
Esta é uma definição proposta por Kekulé.
Friedrich August Kekulé |
sábado, 2 de abril de 2022
Aprofundando no modelo de Thomson.
Se você chegou até aqui, espera-se que tenha observado os apontamentos de Thomson e seus predecessores sobre os raios catódicos (link). Ajudará também que tenhas uma noção sobre forças de natureza elétrica e magnética, normalmente vistas no terceiro ano do ensino médio. Dessa forma, este complemento é mais eficiente para quem está nos estágios finais de sua preparação para o ENEM ou já encerrou o ensino médio. Então vamos ao que interessa.
Thomson demonstrou a natureza corpuscular e elétrica dos raios catódicos, ou seja, sua composição em termos de elétrons e que estes são parte do átomo. Até aqui tudo bem, mas ele não parou por aí. Fez outros experimentos que agregaram mais informações a seu modelo.
Velocidade dos raios catódicos
Thomson aplicou simultaneamente um campo magnético e um campo elétrico aos raios catódicos. De modo que, no caso de ambos possuírem mesmo módulo, mesma direção, e sentidos opostos, os raios passaram sem sofrer desvios. Com isto a velocidade deles é calculada.
Caso não se lembre, vamos a uma breve recordação da interação entre campos elétrico e magnético e partículas dotadas de carga elétrica.