domingo, 19 de abril de 2020

Ranking da Placar.

Foi no início (março) do ano letivo de 1993 que a minha versão adolescente, um rubro-negro em formação ainda, conheceu a revista placar. Com aquela capa contendo uma foto de um par de mãos erguendo a Taça Libertadores da América em sua versão antes da atual.

Naquela versão da foto os próprios clubes campeões preenchiam os espaços adequados para as plaquinhas, por isso umas prateadas e outras douradas. Hoje é a conmebol quem o faz e trocou as placas para padronizá-las. Até então eu só sabia o que era Libertadores da América pela partida final do São Paulo contra o Newell's Old Boys no ano anterior. Não fazia ideia que o Flamengo (então atual campeão brasileiro) disputaria a edição daquele ano.

Em 1993, para se aprender sobre um assunto do qual pouco se sabia era necessário uma das três opções que seguem:


  • consultar alguma enciclopédia.
  • consultar revistas sobre o tema.
  • perguntar a alguém mais velho.


E foi aí que meu pai resolveu me contar aquilo que achava óbvio e que não julgou necessário me contar antes, talvez por acreditar que todo torcedor já nasce sabendo ou algo do tipo. Ou talvez porque eu não prestei atenção quando ele tentou explicar. Vai saber.

Então que volta ao meu conhecimento que o Flamengo já era campeão da América do Sul e que tentaria o segundo triunfo. Eu digo "volta" pelo fato de já ter lido isto entre os títulos conquistados pelo Flamengo em um dos álbuns de figurinhas do campeonato brasileiro. Colecionei os de 1989, 1990 e 1991. Mas os álbuns só traziam informações sobre os clubes brasileiros da primeira divisão.

O natural foi eu perguntar em seguida: "quem é o maior vencedor?". "Independiente de Avejaneda", disse ele, "mas escreve Avellaneda com dois eles no lugar do jota". Perguntei sobre os outros campeões, "quem são?", sem sequer me preocupar qual o país de origem do Rei de Copas. Não demorou muito para a memória e a paciência dele se cansarem.

É aí que entra a revista placar. Com a ajuda de um conhecido da escola que ficava na banca de revistas (no meio do caminho escola-casa) na hora do almoço para o primo dele, eu tive a oportunidade de folhear a revista e conhecer sobre a história desse e de vários outros campeonatos. Sempre depois das aulas matutinas.

A placar apareceu em minha vida e ajudou a preencher com informação um universo pelo qual eu tinha (e tenho!) muito apreço e curiosidade. Até que um dia os editores resolveram lançar o "ranking da placar" em uma de suas edições.

O que era este ranking? Bom, na próxima postagem falamos disto, um abraço.

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