quarta-feira, 22 de abril de 2020

Futebol depois da quarentena.

Hoje são vinte e um de abril de dois mil e vinte da era comum e ainda não se vislumbra uma data segura na qual as nossas vidas voltem a algo próximo daquilo que um dia foi chamado de normalidade.

Notícias alegando que governador de Minas Gerais fala em escolas a partir de julho e que a OMS recomenda futebol na Europa em 2021. Este último é algo que considero complicado afirmar, ainda mais pelo fato de o continente europeu não ser homogêneo quanto à pandemia.

Talvez a Alemanha esteja pronta para a prática de futebol em agosto e isto seja um sonho distante na Itália no mesmo período. Ideia análoga se aplica aqui no Brasil, aquelas unidades da federação nas quais menos se desrespeitar o pedido de "fica em casa" serão, talvez, as que sairão deste pesadelo mais cedo. Ou que verão uma luz no fim do túnel para sinalizar uma direção às outras.
Diante disto, o que fazer quando as equipe puderem entrar em campo? Algo que ocorrerá, creio eu, antes dos torcedores voltarem às arquibancadas. Penso que devemos completar o calendário de 2020, seja lá quando ele for retomado.

A história do futebol brasileiro está recheada de exemplos com campeonatos decididos em anos subsequentes aos que os torneios correspondem. Este seria apenas mais um... apesar de ser o primeiro da geração atual. Creio que a última vez que isto aconteceu foi a final da extinta Mercosul de 2001 que ocorreu em 2002 decido a uma situação extremamente atípica na Argentina e a final do Campeonato brasileiro de 2000, realizada em janeiro de 2001 por conta de paralisação da partida final.

Em caso de retorno, não sabemos se todas as unidades da federação estarão em condições de permitir a prática de esportes de alto rendimento ao mesmo tempo. Ouvi falar de uma estapafúrdia ideia de campeonato brasileiro realizado em São Paulo capital com portões fechados. Não entrarei no aspecto esportivo disto, apenas chamo a atenção para o seguinte fato: que garantia se tem de que o estado e a cidade de São Paulo serão os primeiros a sair desse sufoco?

É verdade que, para o campeonato brasileiro acontecer, não é necessário que todos os estados se vejam livre do regime de quarentena por completo, apesar de que este seja o cenário, ideal. Pois temos apenas nove estados representados por seus clubes na série A. Entre eles, Ceará e Pernambuco parecem enfrentar sérios problemas neste momento e não sabemos que cenário aguarda os demais.

Talvez esperar pela realização do campeonato brasileiro como o conhecemos em suas últimas dezessete edições seja de um otimismo ímpar. Talvez nem seja possível realizá-lo.

Aguardemos para ver o que acontece. Um abraço e até a próxima.

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