Desde novo já conhecia a matemática atrelada aos anos bissextos, mas desconhecia profundamente algo que muito me intrigava, o fato de fevereiro ter menos dias que os demais meses do ano.
Ao todo temos sete (janeiro, março, maio, julho, agosto, outubro e dezembro) meses com 31 dias, outros quatro (abril, junho, setembro e novembro) com 30 dias e fevereiro de "forever alone" do calendário atual.
Calendário este também denominado gregoriano em referência ao papado de Gregório 13 que, em 1582, utilizou de sua influência e instituiu as mudanças ainda em vigor.
Pois bem, vamos ao que interessa, de onde saíram os nomes dos meses? A revista mundo estranho responde e muito bem. Mas, a título de curiosidade, eu acrescento que, originalmente, os romanos tinham anos de dez meses que, no latim seriam:
Martius, Aprilis, Maius, Junius, Quintilis, Sextilis, September, October, November e December.
É por isso que os últimos meses do ano fazem menção a 7, 8, 9 e 10, respectivamente, quando são do nono ao décimo segundo. Acrescente aí a necessidade de se ajustar o calendário ao ano solar e detrimento de um ano lunar antes utilizado. Pronto, surgem os meses de janeiro e fevereiro.
Este último tem sua história brevemente contada aqui também. A melhor explicação que encontrei para o mês apresentar menor quantidade de dias é o fato de ser o último no calendário juliano, além de homenagear um deus nada legal para com o povo.
E onde entram os dias bissextos, fevereiro e pá e tal? Ah, os romanos comemoravam seu ano novo como as "calendas martii", ou calendas de março e o sexto dia antes das calendas era bem recebido por todos. Com a reforma de calendário e a necessidade de um dia extra a cada quatro anos, Júlio César acrescentou um dia extra exatamente no sexto, ficando assim, bissexto!
É bom observar que o mês quintilis foi substituído por julius, em homenagem ao imperador responsável pela mudança. Assim como seu sucessor, Augusto César, foi homenageado com o mês sextilis, que passou a ser augustus, além de receber um dia a mais para empatar com o mês anterior e nada dever ao imperador que o antecedeu. E quem pagou a conta do dia a mais? Exato, o pobre fevereiro.
Em uma segunda parte abordarei a matemática do calendário gregoriano, mas os curiosos podem procurar na revista Scientific America Brasil de abril de 2012. Na citada edição, o professor Paulo S. Bernardes aborda de forma sucinta e elegante tema.
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