Uma saga (quase) futebolística – parte I
Chego em casa
depois de uma semana cansativa de trabalho-estudo-trabalho, naqueles dias que
só resta a parca vontade de deitar à frente da TV para assistir um filme ou
apenas ficar zapiando, aquele sentimento pobre que bate à porta em momentos que
não se quer ao menos pensar.
Ao contrário
disso, ouço um relato acalorado de um fanático torcedor – como o tal mesmo
frisa para os demais, um torcedor, e não um (dis)torcedor – indignado e
frustrado em seu novo intento: reunir dados estatísticos dos doze grandes
clubes de futebol brasileiros e, a partir deles, montar um gráfico que mostre a
evolução ao longo dos anos, desde a sua criação.
Mas a tarefa não é tão
simples: para cada time são necessários o número de partidas, de vitórias, de
derrotas e de gols-pró de CADA ano, sendo que somente são válidas as partidas
oficiais, ou seja, aquelas realizadas de acordo com as regras da FIFA.
Tal
observação não é um mero capricho, e sim um critério utilizado pelo torcedor
citado. Critério este bem escolhido, já que em amistosos e partidas
não-oficiais os times têm mais “chances” digamos assim, como por exemplo, podem
fazer maior número de alterações.
“E porque o
tal torcedor está indignado?”, você perguntaria. Não se assuste, pois fiquei no
mínimo curiosa: a maioria dos clubes mantém sites e publica livros com a
história dos mesmos, mas NÃO possui
dados estatísticos das partidas ao longo dos tempos. O tal torcedor sobre o
qual vos falo os tem, claro.
Ainda não citei, mas ele é flamenguista, daqueles “gerados”
por pai flamenguista e que provavelmente nem dará opção para a geração seguinte
sequer pensar em escolher outro time, apesar de demonstrar ser bem aberto a
opiniões quando se fala de outros assuntos. A cada partida do Flamengo ele
atualiza uma planilha em Excel com as informações do jogo, e aqueles que não
acompanhou, os tem completos de acordo com pesquisas na internet feitas há
muito.
E me pus a
pensar como pode não existir pelo menos um torcedor do mesmo nível de fanatismo
que não tenha feito o mesmo pelo seu time do coração. E o mais inacreditável é
que tanto não existe (ou quase) que a busca deu origem a essa série de posts
que você acompanha a partir de agora.
Nos próximos
capítulos, a saga dos outros 11 trabalhos.
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