terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Os doze trabalhos.

Uma saga (quase) futebolística – parte I


Chego em casa depois de uma semana cansativa de trabalho-estudo-trabalho, naqueles dias que só resta a parca vontade de deitar à frente da TV para assistir um filme ou apenas ficar zapiando, aquele sentimento pobre que bate à porta em momentos que não se quer ao menos pensar.

Ao contrário disso, ouço um relato acalorado de um fanático torcedor – como o tal mesmo frisa para os demais, um torcedor, e não um (dis)torcedor – indignado e frustrado em seu novo intento: reunir dados estatísticos dos doze grandes clubes de futebol brasileiros e, a partir deles, montar um gráfico que mostre a evolução ao longo dos anos, desde a sua criação. 

Mas a tarefa não é tão simples: para cada time são necessários o número de partidas, de vitórias, de derrotas e de gols-pró de CADA ano, sendo que somente são válidas as partidas oficiais, ou seja, aquelas realizadas de acordo com as regras da FIFA.

Tal observação não é um mero capricho, e sim um critério utilizado pelo torcedor citado. Critério este bem escolhido, já que em amistosos e partidas não-oficiais os times têm mais “chances” digamos assim, como por exemplo, podem fazer maior número de alterações.

“E porque o tal torcedor está indignado?”, você perguntaria. Não se assuste, pois fiquei no mínimo curiosa: a maioria dos clubes mantém sites e publica livros com a história dos mesmos, mas NÃO possui dados estatísticos das partidas ao longo dos tempos. O tal torcedor sobre o qual vos falo os tem, claro.

Ainda não citei, mas ele é flamenguista, daqueles “gerados” por pai flamenguista e que provavelmente nem dará opção para a geração seguinte sequer pensar em escolher outro time, apesar de demonstrar ser bem aberto a opiniões quando se fala de outros assuntos. A cada partida do Flamengo ele atualiza uma planilha em Excel com as informações do jogo, e aqueles que não acompanhou, os tem completos de acordo com pesquisas na internet feitas há muito.

E me pus a pensar como pode não existir pelo menos um torcedor do mesmo nível de fanatismo que não tenha feito o mesmo pelo seu time do coração. E o mais inacreditável é que tanto não existe (ou quase) que a busca deu origem a essa série de posts que você acompanha a partir de agora.

Nos próximos capítulos, a saga dos outros 11 trabalhos.

Por Jurema Francisquinha.

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