Hoje deu Mengão e estamos nas semi-finais.
André, o artilheiro, passou em branco no 2 a 2 com bola rolando e 5 a 4 nas penalidades.
Foi chato, que venha Curíntia ou Vasquinho.
quinta-feira, 24 de março de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
Os três últimos minutos...
Qualquer discussão a respeito do fim do universo nos põe face a face com questões relativas ao propósito. Já observei a perspectiva de um universo moribundo ter convencido Bertrand Russel da inutilidade da existência, sentimento que encontra eco mais tarde em Steven Weinberg, cujo livro Os três primeiros minutos culmina com a dura conclusão de que “quanto mais compreensível parece ser o universo, mais desprovido de sentido também parece ser”. Argumentei que o medo original de uma lenta morte térmica fosse talvez exagerado, e talvez até mesmo equivocado, embora a morte súbita por uma grande implosão continue sendo passível de ocorrer. Especulei a respeito da atividade de superseres que houvessem conquistado objetivos miraculosos, físicos e intelectuais, vencendo a adversidades, e também fiz um breve exame da possibilidade de os pensamentos não conhecerem fronteiras, ainda que essas existam para o universo.
Mas podem esses cenários alternativos aliviar nossa sensação de incômodo? Um amigo meu declarou certa vez que, de tudo que ouvira a respeito do paraíso, nada lhe pareceu interessante. A perspectiva de viver para sempre num estado de sublime equilíbrio não exercia sobre ele atração alguma; melhor morrer de maneira rápida, ter um fim, do que enfrentar o tédio da vida eterna. Se a imortalidade limita-se a ter os mesmos pensamentos e experiências repetidas vezes para sempre, ela realmente parece não ter sentido. Contudo, se a imortalidade pode ser combinada com o progresso, podemos então imaginar uma vida num estado de inovações perpétuas, sempre se aprendendo ou fazendo algo novo e excitante. A questão é: para quê? Quando seres humanos embarcam em uma projeto com um propósito, eles têm em mente um objetivo específico. Se esse objetivo não é atingido, o projeto terá fracassado (ainda que a experiência possa ter sido válida). Por outro lado, se o objetivo é alcançado, o projeto terá sido concluído, e a atividade cessará. Pode haver um propósito verdadeiro para um projeto que nunca é concluído? Pode a existência ter sentido se ela consiste numa jornada sem fim rumo a um destino que nunca é alcançado?
Se existir um propósito para o universo, e se ele atingir esse propósito, esse universo deverá então ter um fim, pois sua continuidade seria gratuita e desprovida de sentido. Ou, visto de outra forma, se o universo perdurar por toda a eternidade, fica difícil conceber a existência de qualquer propósito final que seja para o universo. Assim, a morte do cosmos pode ser o preço a ser pago pelo seu sucesso. Talvez, o máximo que possamos esperar a propósito do universo torne-se conhecido por nossos descendentes antes do término dos três últimos minutos.
Últimos parágrafos do livro "Os Três Últimos Minutos: Conjeturas sobre o destino final do universo". Cujo autor é Paul Davies (professor de Filosofia Natural da Universidade de Adelaide, Austrália)
terça-feira, 22 de março de 2011
Douglas Noel Adams (DNA)
Embora declarasse ser "um ateu radical", seus livros demonstram um sentido claro e nítido de justiça e compaixão universais. No início achei isso um pouco estranho e pensei que talvez ele estivesse apenas demonstrando sua enorme inteligência enquanto debochava da crendice pia dos fanáticos religiosos, mas em algum momento compreendi o que ele realmente queria dizer. Uma posição radicalmente ateísta pode até significar que sua vida é uma corrida rumo ao esquecimento, mas ao menos você pode fazer isso com estilo. Como você se comporta hoje, o que você faz com cada momento, como você explora os talentos e as oportunidades à sua disposição são coisas muito mais importantes para um ateu genuíno do que para os devotos mais religiosos. Longe de perder o sentido, o que você faz nesta vida subitamente torna-se incrivelmente importante, já que você só tem essa única possibilidade de fazer a coisa certa, de mudar alguma coisa, de contribuir de alguma forma para aqueles que você ama ou que seguirão seus passos.
Parte do prefácio (escrito por Gradley Trevor Greive) de "O Guia do Mochileiro das Galáxias", cujo autor aparece na imagem acima. Tradução de Carlos Irineu da Costa.
“Foi como se um dia de sol, de repente, virasse noite”
O Flamengo ainda sangrava a perda de Zico para a Udinese, e fez as malas para ir à Itália. Era o dia 20 de junho de 1983 e, na véspera, o time havia realizado sua primeira partida desde a venda de seu maior ídolo. Sem alma, o Flamengo perdeu um amistoso para o Uberlândia. Mas não havia tempo para lamentos e um dia após a derrota a delegação já estava no Galeão, para seguir rumo ao Mundialito de Milão. Antes, no entanto, uma amarga pausa em Udine. Zico estrearia pela Udinese justamente contra o Flamengo. Na fila do embarque, perguntado se estava pronto para enfrentar Zico, Mozer nem levantou a cabeça para responder: “Nunca vou estar pronto para isso.”
Zico também não estava pronto para enfrentar o Flamengo. Era para ele a festa no estádio de Friuli no dia 22 de junho, mas Zico não estava para festas. O jogo marcava também a despedida de Surjak do time italiano, e Zico entraria em seu lugar aos 40 minutos do primeiro tempo para jogar somente até o final daquela etapa. Cinco minutos que pareceriam séculos.
Do banco, com a camisa do adversário do Flamengo, Zico viu o time que defendeu desde a adolescência desnorteado. Dificilmente escaparia de uma goleada e ele não só não poderia ajudar, como estava do outro lado. A Udinese vencia por 2×1 quando Zico foi chamado para o aquecimento, sob aplausos. Aos 40 minutos, entrou no lugar de Surjak. Zico estava contra o Flamengo.
Estava? O primeiro lance de Zico com a camisa da Udinese foi um lançamento logo, de trinta metros. A bola parou no peito de Júnior. Nada poderia ser mais emblemático. Pouco depois, Zico tentou e errou uma tabela. Seu corpo estava na noite do Friuli, sua alma estava no Maracanã. E acabou o primeiro tempo.
Disse Zico: “O pior foi a espera pelos cinco minutos, sentado no banco de reservas do meu novo clube, aguardando a hora de fazer uma coisa que jamais imaginei: jogar contra a camisa que foi minha metade da vida. Uma sensação muito desagradável, porque eu via que o Flamengo não estava bem.” O jogo seguiu sem Zico e a Udinese, perdendo muitos gols, venceu por 4×2. Mais tarde, todos os rubro-negros puderam ouvir, pela Rádio Tupi, o relato de Mozer sobre o que sentiu quando Zico entrou em campo: “Foi como se um dia de sol, de repente, virasse noite”.
Pelo menos para um rubro-negro, a estranha sensação de ver Zico contra o Flamengo havia acontecido dois anos antes. Zé Carlos era o goleiro dos juniores do Flamengo em 1981, e o time de garotos foi chamado para enfrentar a seleção brasileira principal, no dia 5 de maio. Era apenas um coletivo no Maracanã, parte da preparação do Brasil de Telê Santana visando a excursão européia. Nada disso importava a Zé Carlos, que só tinha um pensamento: “Zico vai jogar contra o Flamengo e eu sou o goleiro”.
O Maracanã estava fechado para o público, mas Zé Carlos sentia aquelas arquibancadas lotadas. A seleção, de camisas de treino, cercava os juniores do Flamengo, com suas camisas de jogo. “Eu não posso deixar Zico fazer um gol contra o Flamengo”, repetia mentalmente o jovem goleiro. César marcou 1×0 para a seleção e o treino se aproximava do final, com Zico jogando longe da área.
Então aconteceu um pênalti. Para todos, só mais um lance do coletivo, que seria esquecido na história. Para Zé Carlos era um pênalti que Zico cobraria contra o Flamengo, com ele no gol. Zico contra o Flamengo era a inversão da ordem natural das coisas, mas lá estava ele ajeitando a bola na marca fatal.
Zé Carlos via quase todos os dias Zico cobrando pênaltis na Gávea. Canto direito, canto esquerdo, não havia como prever. O único padrão era a bola entrando rente ao poste. Não bastava acertar o lado, era preciso saltar como nunca.
Com o sol na cara, Zé viu seu ídolo correr para a bola e pensou “vou para o canto esquerdo”. Quando Zico firmou o pé de apoio, Zé Carlos voou com as mãos espalmadas. Em câmera lenta, viu a bola crescer em sua direção, mas não parecia possível alcançá-la. Esticou os braços até o limite da musculatura e, de olhos fechados, sentiu que algo havia tocado a ponta de seus dedos. Quando caiu no chão, abriu os olhos. A rede não estava balançando e a bola quicava além da linha de fundo.
Zico se aproximou do jovem Zé Carlos, passou a mão em sua cabeça e disse: “Boa, garoto”. Mais tarde, no ônibus a caminho de casa, o goleiro não parava de pensar que havia evitado o incestuoso gol de Zico contra o Flamengo, e chorava um choro tão silencioso quanto o Maracanã vazio naquela tarde de terça-feira. Quando fechava os olhos, ainda podia ouvir a voz de Zico: “Boa, garoto”.
Há uma terceira história de Zico contra o Flamengo. Ela aconteceu no dia 21 de junho de 1994 e o Flamengo venceu o Kashima Antlers por 2×1. Mas essa é uma história que não vai ser contada, porque o dia em que Zico abandonou os gramados não deveria jamais ter existido.
Texto de Mauricio Neves (http://twitter.com/flapravaler) publicado no urublog (http://globoesporte.globo.com/platb/arthurmuhlenberg/2011/03/21/quando-o-dia-se-fez-noite-duas-estorias-de-zico-contra-o-flamengo/)
segunda-feira, 21 de março de 2011
Ciência!
Toda nossa ciência, comparada com a realidade, é primitiva e infantil; e, no entanto, é a coisa mais preciosa que temos.
Albert Einstein (1879-1955)
segunda-feira, 14 de março de 2011
Texto Aleatório
"Não existe gol feio, feio é não fazer gol"
Palavras de Dadá Maravilha, mas servem para citar e questionar uma frase que ouvi hoje: "... foi uma boa morte...".
Caramba! Não existe isso de boa morte, de morte com honra, de "os bons morrem jovens" e blábláblá, ninguém quer morrer! Pronto. Mesmo assim as pessoas morrem e pelos mais variados motivos, e sou obrigado a reconhecer que nada (nem mesmo aqueles que falam a "língua dos anjos", huahuahauhua), absolutamente nada escapará à segunda lei da termodinâmica e ao tempo, duplinha miserável que quase todos, inclusive eu, gostariam de driblar.
"Who want to live forever?", god save the queen.
Trocadilhos e bobeiras à parte, essa porralouquice miserável que alguns chamam por aí de vida é a única que cada um de nós possui. E mesmo sendo única em termos de existência, não deixa de ser desprovida de propósito, vazia de um ínfimo sentido que a torne mais ou menos tolerável.
Ótimo, e daí? Vai suicidar? Vai viver até os 120 anos? Tentará estocar sua consciência em um HDD de 1,2 YB (um vírgula dois yotabytes, ou dois mols de bytes)? Qualquer das opções anteriores mudará o fato de que viverás e tua existência se extinguirá? Não, um simples e intangível não.
Uma palavra que sobressai à ideia (até o presente momento) equivocada de que somos a parte mais importante da criação ou de que estamos aqui por simples obra do acaso, sendo esta última aquela com a qual concordo por haver evidências em seu favor.
Um termo que subjuga a contradição existente em um sem número de pessoas que pensam viver guiadas por destino ao qual se encontram fadadas a cumprir, mesmo sem perceber que isto, por uma questão de mera lógica, impede seus tão sonhados e respectivos livres arbítrios. Subjuga também aqueles que negam o destino, acreditando que tudo, absolutamente tudo, antes e depois de suas respectivas passagens pelo mundo, incluindo-as na bagunça, ocorre por acaso. Sem esquecer dos outros que negam o destino, o livre arbítrio e o acaso por simplesmente pensar que somos marionetes em um jogo sem fim de pessoas (e/ou extraterrestres) que pouco se importam com a vida humana e (por que não? já que eles acreditam!) de outros extraterrestres.
Penso no fim dessa viagem que o melhor seja realmente não existir uma resposta, um sentido para a vida além do número 42. Algo que notei durante os últimos 12 anos é que a vida existe e pronto, a natureza não se importa com os "porquês" perguntados a ela. O máximo a nós permitido entender até o momento é "como" as coisas acontecem. E isso já é muito, diga-se de passagem.
Depois de tempos...
Chega!
Penso que há tempo,
tempo pra viver.
Penso que, a tempo,
pensava em viver.
Penso como vive longe a insanidade,
em sua louca busca de saudade.
Em tempos nos quais se prende e mata,
por pouco mais que liberdade.
Penso em como ainda se luta,
por um futuro para aquela busca.
Por algo mais que sorte.
Penso que não basta a honra,
que nada se diminui pela desonra.
Não quando se encontra a morte.
Viçosa, 14 de março de 2011
domingo, 13 de março de 2011
segunda-feira, 7 de março de 2011
Mais uma de 1987...
Esse sim é um verdadeiro soco no estômago de bambis e rubronegros pernanbucanos.
sexta-feira, 4 de março de 2011
Preguiça
Agora é só curtir a folga prolongada. Nada melhor que emendar os dias úteis da semana de carnaval aos dias de folga e passar alguns dias a mais de bobeira.
A verdade seja dita: essa bosta desse carnaval só presta pra isso mesmo.
Até recebi convites pra passeio em Ibitipoca, mas o mais perto que me aproximo da natureza é piscina de clube, além disso, nem um passo.
É nesse momento que meu lado nerd aparece fácil.
Esse povo que adora caçar mosquito em mato é muito doido mesmo... huahauhau
Preferências à parte, quanto menos atividade física, melhor.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Natal Rubro-Negro
Até eu, que odeio a parafernalha capitalista montada em torno do solstício de verão todos os anos, sou obrigado a concordar com as comemorações natalinas em pleno março, dia 3/3/1953 é a data de nascimento do maior jogador a vestir o manto sagrado.
Considero Zico o autor do gol mais bonito que vi em toda a minha vida. Aliás, áté o presente momento, gol jamais repetido por qualquer outro jogador, o da "bicicleta invertida", fenomenal. Nem gosto de usar esse termo, pois "fenomenal" vitou sinônimo de obesidade, pegação de traveco e preguiça de gambá... hauhauahau
De qualquer forma, para encontrar qualquer coisa do Zico é fácil, mas fica aqui minhas singelas e simples homenagens para o sujeito que ajudou a fazer do Flamengo um dos maiores clubes do Brasil. Com títulos de verdade (como libertadores, mundial e vários brasileiros) e sem nenhum rebaixamento, como deve ser.
quarta-feira, 2 de março de 2011
Ilex Paraguarienses
Hoje eu acordei mais cedo, tomei sozinho chimarrão...
Na verdade não tomei. Aliás, não bebo chimarrão desde a graduação. Não tem mais o Jiraya pra prepará-lo e nem a galera da seção 12 pra ajudar a beber. De qualquer maneira, o verão já se vai e as manhãs são mais frias, a ponto de alguns alunos chegarem na escola com agasalho.
Mas a elevada temperatura das 12 horas não demora a chegar, com ou sem chuva. Chuva esta, aliás, que marcou presença hoje... maldito são Pedro.
Em todo caso, é a velha rotina à qual nos habituamos, mas me lembra muito uma frase que eu ouvi outro dia: "a terra gasta 24 horas para dar uma volta ao mundo". Bom, o pior é que é verdade né...
Manto Sagrado.
Cada torcida trata o clube para o qual torce de uma forma diferente. Atleticanos de MG chamam de galo, os gaúchos tricolores tratam o Grêmio por imortal. Nós flamenguistas reverenciamos o uniforme, chamando-o de manto sagrado, até mesmo porque, é a mais pura verdade! Desde antes de ser Flamengo e saber que Flamengo existia (não necessariamente nessa ordem) eu já gostava de vermelho e preto.
Sem mais comentários.
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